Narrativas da Compaixão
Com os contos, alguns muito breves, o autor consolida sua capacidade de observar, com sensibilidade e argúcia, as reações humanas em momentos de forte tensão e dramaticidade. E ele o faz, na tradição do melhor humanismo, sem julgamento de valor, sem moralismo gratuito, embora não deixe, moralmente, de fazer ver ao seu leitor o peso de cada ato, as consequências, mesmo se, quase sempre, inesperadas ou indesejadas, de cada escolha.
Você poderá surpreender-se com a força moral de personagens aparentemente frágeis, anônimas, mas que bem poderão ter sido, se fosse outro seu destino, grandiosos. É que interessa ao autor acentuar, com tintas e cores vivas, a capacidade humana de se reorganizar, e de fazer a necessária resiliência, mesmo que tendo de, com firmeza e até certa dureza, fazer a resistência diante dos males que lhe atingem. Em síntese, Humberto de Oliveira quer que não esqueçamos que, em todo o caos, já existe a possibilidade de uma nova ordem.
Com uma consistente formação filosófica e um considerável capital cultural que o mundo das Ciências Humanas, das Letras e do Cinema lhe deram, o escritor encontra-se à vontade para, com uma linguagem clara, apurada, criar personagens envolventes que esperam apenas a leitura para ganharem vida e comoverem o/a leitor(a), dentre os quais podem ser destacados os contos Reis despossuídos, Sob o sorriso da viúva, Temperos, Errante, Atentado ao pudor…
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